Repensando a Igreja

Repensando a Igreja

Última atualização em Sáb, 27 de Fevereiro de 2010 08:56 Escrito por Secretária Sáb, 27 de Fevereiro de 2010 08:43

“Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;” (1º Pe 2.9).



Existe uma crise de identidade bem presente no meio dos movimentos religiosos de nossos dias. Diante de tantas propostas, a pergunta que fica é: o que é a Igreja? A meu ver, esta é uma resposta que está visível no capítulo dois desta epístola. Certamente, o versículo de número nove mostra a origem, o propósito e a essência da Igreja e é o que vamos comentar a seguir: “a Primeira Carta de Pedro foi escrita para os cristãos que viviam em cinco províncias romanas que ficavam numa região que hoje faz parte da Turquia (1.1). O apóstolo está em Babilônia (5.13), que, provavelmente, seja uma maneira de falar sobre a cidade de Roma. Os destinatários da carta estão enfrentando sofrimentos e dificuldades por causa da sua fé” (BLH). É neste cenário de dispersão que o autor da carta procura fortalecer a unidade, trazendo explicações sobre o que é a Igreja. Observando o texto, podemos afirmar que:



1 – A Igreja é o povo eleito de Deus: Estamos observando aqui gêneros, idades, formação psicológica e peculiaridades variadas. Toda visão de gueto ou de preferência por determinados grupos em detrimento de outros deve ser evitada. É o povo da inclusão por excelência, pois todos foram tirados das trevas e são, antes da fundação do mundo, eleitos para a salvação em todos os tempos da história. A Igreja tem dono. Ela é de Deus. É Ele quem deve ser reverenciado, adorado, servido, obedecido, cultuado, etc. Qualquer alteração desta verdade desfigura a Igreja verdadeira. A instituição ou seus líderes humanos não pode ser maior do que o Seu instituidor. Precisamos tomar cuidado para não nos perdermos em nossa postura. Nos lembramos que aqueles irmãos perseguidos e forasteiros em trânsito e residentes são confortados com a perspectiva de fazerem parte de um projeto maior = a Igreja de Cristo.

2 – A Igreja é o povo que possui missão da cruz: O Sacerdote (serve a Deus oferecendo sacrifícios de vida, na perspectiva vertical. Oração, culto, adoração, louvor etc) e o Missionário (serve a Deus na horizontalidade da cruz. Diaconia, proclamação, testemunho, etc). É importante ressaltar que esta responsabilidade não é exclusiva de algum líder remunerado mas é responsabilidade de todos os membros do corpo de Cristo. Sacerdócio e missão como estilo de vida. Não podemos terceirizar aquilo que é de nossa responsabilidade. Certamente existem os ofícios específicos como o Presbiterato e a Diaconia, por exemplo, mas nada disso deve nos impedir de cumprirmos com a missão da cruz. Em todos os contextos que Deus nos permitir, temos que cumprir com a nossa missão.

3 – A Igreja é o povo santo: Não somos de nós mesmos, Uma nova natureza foi implantada em nós. Somos “quebrados” pelo sacrifício de Cristo (separados para uso do Senhor) e nos “quebramos” dia-a-dia no processo maravilhoso da santificação. Se de fato somos igreja, velhas posturas devem ser abandonadas. Fofocas, pornografia, incompetência no trabalho, preguiça, mentiras, omissão e outros pecados devem ser abandonados dia-a-dia com a assistência do Espírito Santo.

Em meio a tantas propostas que visam colocar o poder em pessoas, coisas e lugares “abençoados” precisamos rever a identidade da verdadeira Igreja, que inclusive deve zelar pela pregação da Bíblia (centralidade da Palavra. AT e NT); pela fiel celebração dos sacramentos (Batismo e Santa Ceia) e pelo exercício fiel da disciplina ( a Igreja precisa ser diferente do mundo).
Pastor Jorge. http://projetonur.blogspot.com