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terça-feira, maio 26, 2009

Poluição Sonora


Poluição Sonora : um mal pouco levado a sério

Quando falamos em poluição, logo pensamos em poluição do ar ou da água, visto que são elementos essenciais à vida e cuja contaminação pode trazer danos à saúde. No entanto, outras formas de poluição podem ser tão prejudiciais quanto as acima mencionadas. Um exemplo bem evidente é a poluição sonora que cresce assustadoramente nos últimos tempos e continua negligenciada pela maioria das pessoas. De fato, ela não causa efeitos imediatos e visíveis porém age de modo insidioso, podendo causar danos irreversíveis à saúde. A poluição sonora se caracteriza pela presença de ruídos ou barulhos acima de um nível tolerado pelo ouvido humano (em torno de 80 decibéis). Valores acima de 90 decibéis são comuns de se encontrar em sons como no trânsito, discotecas, construções, música em volume alto e bares com muitas pessoas conversando. Embora algumas pessoas relatem sensação de bem estar ao ouvir música em volume alto, não percebem que estão prejudicando a si e aos que estão próximos. Tal como uma droga, a musica alto pode inicialmente proporcionar um certo bem estar por liberar substâncias relacionadas ao prazer como, por exemplo, endorfinas. Contudo, o som em demasia é um estímulo agressor, então o corpo reage liberando substâncias relacionadas ao estresse como catecolaminas e corticosteróides. A medida que o contato com tal estimulo se perpetua, o indivíduo pode cair num círculo vicioso na busca desse aparente porém traiçoeiro “bem estar”.

A exposição a um som intenso, por exemplo, uma explosão, causa na maioria das vezes danos auditivos, mas a exposição a sons moderados, muitas vezes por ser repetitiva, leva a distúrbios relacionados ao estresse físico e mental. Nós estamos constantemente expostos a esse agressor que, mesmo sem percebermos, é uma das causas de estresse crônico, principalmente para quem vive em grandes cidades. Tal condição pode gerar não apenas perdas na audição mas também hipertensão, distúrbios circulatórios e suas complicações (problemas digestivos, impotência sexual, dores musculares, risco de enfarte) além de problemas psíquicos como ansiedade e depressão. Infelizmente, em nosso país a poluição sonora não é levada muito a sério, nem por parte da população que costuma desrespeitar a lei do silencio ou limite auditivo e nem pelas autoridades que pouco fazem para fiscalizar e cumprir essa lei. Isso, de certa forma, retrata um pouco a velha questão da educação. Quem conhece seus limites, dificilmente invade o espaço alheio com hábitos indesejados. Diante de tanto barulho, vale lembrar a frase de uma velha canção : silence is golden! ( O Silêncio vale Ouro ). Bernadette Serra – médica e mestranda em psicobiologia pela UFRN

Complementando o artigo, é preciso que nos conscientizemos da necessidade de reeducação da população no sentido dos perigos da poluição sonora do Crato. Se todos fizerem a sua parte para reduzir o barulho que produzimos, seja por veículos sonoros, seja por festas, eventos e tudo que produz ruído, estaremos caminhando para uma sociedade que respeita os direitos dos cidadãos e a nossa cidade começaria a tomar o rumo das cidades mais civilizadas do mundo. Essa é a nossa esperança, e nosso desejo para o Crato. Por isso quero também reforçar o convite para todos para essa palestra sobre poluição sonora e visual que vai acontecer lá no teatro municipal quinta-feira dia 5 de fevereiro as 7 e meia da noite. vamos la, gente! participem !
Fonte: Crato

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